O café espresso é uma das bebidas mais consumidas em todo o mundo. E isso não só pelo seu sabor incomparável e a rapidez no método de preparo, mas também pela praticidade. Afinal, o café espresso é a medida certa para dar aquela dose de cafeína necessária para iniciar o dia, não é mesmo?

Mas você já ouviu falar que o café espresso tem mais cafeína do que o café preparado a partir de outros métodos? Será que essa informação é verdade ou mito? Neste desvendamos a questão e explicamos, com base em estudos, qual é a resposta correta.

Café espresso tem mais cafeína? Isso é uma regra?

Mito.

O café espresso pode até ter mais cafeína do que a maioria dos métodos de preparo, mas não necessariamente é, por regra, o método de preparo com a maior concentração de cafeína.

Apesar do que afirmam algumas pessoas, a quantidade de cafeína está muito mais ligada aos aspectos e produtos utilizados durante o preparo do que efetivamente ao método. Em um exemplo bem simples, o café do tipo Robusta possui quase o dobro de cafeína em relação ao café Arábica.

Então, se compararmos um espresso preparado com café Arábica e um café solúvel a partir do café Robusta, o café solúvel apresentará um teor maior de cafeína em sua composição.

O que determina a quantidade de cafeína no café?

São quatro os principais fatores que determinam qual será a concentração de cafeína no café:

  • o tipo de café;
  • a moagem do grão;
  • a quantidade de água em relação ao pó de café;
  • o tempo que o pó de café permanece em contato com a água.

O tipo de café, por si só, já é um fator determinante em relação à concentração de cafeína na bebida. Como citado acima, o teor de cafeína varia de acordo com o tipo do grão. O café Robusta apresenta em sua composição cerca de 2,2% de cafeína, contra 1,2% de cafeína presente no café Arábica.

Por este motivo, é esperado que, independentemente do método de preparo, a bebida feita a partir do café Robusta apresente um teor maior de cafeína.

Já a moagem do grão também interfere na quantidade de cafeína do café. De uma forma geral, quanto mais grossa a moagem, menor a quantidade de cafeína.

Isso acontece porque quanto mais grossa a moagem, mais rápida é o escoamento da água, e o tempo que a água permanece em contato com o grão de café é essencial para a extração da cafeína. Então, em conclusão, quanto mais rápido o escoamento da água, menor a quantidade de cafeína presente na bebida.

Por este motivo alguns baristas defendem que o café coado possui maior concentração de cafeína, pois a água passa mais tempo em contato com o pó de café. Já outros especialistas afirmam que, devido a sua moagem mais fina, o café espresso permite uma concentração maior de cafeína por ml.

Café espresso ou café coado? Afinal, qual tem mais cafeína?

Pesquisadores da Universidade de Newcastle comprovaram que a moagem fina, utilizada para o método de preparo espresso, permite que a água esteja em contato com grande parte da superfície do pó. Dessa forma, é possível extrair uma quantidade maior de cafeína.

Com base nesses estudos, grande parte dos médicos e nutricionistas afirmam que o café espresso tem mais cafeína e recomendam a bebida como um tipo de termogênico natural.

Já o café coado permite que a água e o pó de café permaneçam por mais tempo em contato, permitindo assim a extração efetiva da cafeína.

A questão, que tem dividido especialistas sobre café nos últimos anos, é bem simples de resolver: tudo depende dos fatores que envolvem o método de preparo.

 

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